Enem

Principais curiosidades sobre o Enem

Prova realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o ENEM foi criado em 1998 para avaliar a qualidade do ensino médio brasileiro. Em mais de 20 anos de história, o maior exame de vestibular do país passou por várias mudanças e acumula curiosidades impressionantes.

A realidade era outra quando o exame foi criado

Se hoje o ENEM junta milhões de jovens em uma prova dividida em dois dias de aplicação, no início, em 1998, a realidade era totalmente distinta.

Naquela edição, apenas 157.148 inscritos foram registrados. Além disso, nas primeiras provas, 63 questões de múltipla escolha e uma redação dissertativa compunham a prova.

A prova também era relativamente mais fácil, com questões menos complexas e mais interpretativas. Quem confirma é Fabrício Cortezi, gerente pedagógico do Sistema pH e que realizou o exame em 1999: “As questões eram muito simples, tinham menos conteúdo e exigiam mais interpretação de texto. Apesar de ter sido aplicada apenas numa tarde, eu me lembro de ter saído de lá muito cansado”.

Se hoje em dia é possível entrar em contato com o inglês de diversas formas pela internet, até mesmo através dos quadrinhos, quando o Enem foi criado a realidade era diferente, pois a rede era restrita a uma pequena parcela da população. Dessa maneira, os estudantes tinham mais dificuldade em encontrar conteúdo especializado — principalmente para língua estrangeira.

Segundo maior exame de acesso ao ensino superior do mundo

O Brasil tem a sexta maior população do mundo com mais de 210 milhões de pessoas e só está atrás do Paquistão, Indonésia, Estados Unidos, índia e China, respectivamente.

Ao aliar o alto número da população com o sucesso de popularidade do Enem, consequentemente o exame se torna um dos mais populares do planeta.

Segundo estimativas do governo brasileiro, o Enem é o segundo maior exame de acesso ao ensino superior do mundo quando o assunto é o número de inscritos. Apenas o Gaokao, que é a prova chinesa equivalente ao Enem, bate em popularidade.

Possibilidade de uso do nome social

O Enem está se adequando com a nova realidade das mudanças sociais e uma delas está na abertura da possibilidade dos participantes utilizarem um nome social.

Dessa maneira, desde 2014 cidadãos transexuais e travestis podem colocar seus respectivos nomes sociais nas inscrições. A porcentagem de pessoas utilizando esse recurso está cada vez maior no exame.

Em 2017, por exemplo, mais de 300 candidatos fizeram uso desse recurso, o que representou um aumento de quase três vezes em relação a 2014.

Nota alta dos treineiros

Todos os anos os treineiros podem participar do exame. E quem se enquadra nesse tipo de participante?

Para quem não sabe, os treineiros são os estudantes com menos de 18 anos na data da prova que concluirão o Ensino Médio em anos seguintes ao da aplicação da prova e que podem realizar o Enem.

Sendo assim, suas respectivas notas não são úteis para ingressar na universidade ou participar de programas do governo. Os treineiros, portanto, realizam a prova como método de avaliação própria.

As notas são divulgadas 60 dias depois dos participantes regulares. Uma curiosidade é que, em 2017, um estudo do INEP chegou à conclusão de que os treineiros tiveram um desempenho melhor do que os participantes que estavam cursando o 3º ano.

A maior diferença nas notas foi nas Linguagens e Códigos, quando os treineiros tiveram média de 570,6, contra apenas 516,8 dos alunos do 3º ano.

Esquema de segurança pesado

Não é fácil fazer com que a prova não vaze antes do momento de sua aplicação. Em 2012, ano em que houve um altíssimo número de inscritos para o exame, o esquema de segurança custou mais de R$ 260 milhões para o governo.

Ao realizar um forte esquema de segurança, a chance de fraudes e erros nas correções diminui significativamente.

Para tornar a logística da prova totalmente segura, é necessária a participação das Polícias Federal, Civil e Militar, além do auxílio do Exército e dos Correios. O transporte das provas às escolas, por exemplo, é realizado através de um comboio de segurança com caminhões vigiados por satélite que só abrem as portas remotamente e com toda autorização devida.

A partir do momento em que as provas chegam às escolas e locais de aplicação, elas ficam sob vigilância de seguranças armados até o dia da aplicação do exame.

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